sexta-feira, 29 de março de 2013

ENTERRO EM ORNANS

Enterro em Ornans, 1849


  • DESCRIÇÃO
        Nessa pintura, podemos ver uma grande quantidade de pessoas, pode-se dizer a nobreza, pessoas de luto pela morte de alguém, provavelmente alguém conhecido, mulheres jovens e outras mais idosas reunidas em grande quantidade nesse local, assim como algumas crianças que aparecem tanto na direita quanto na esquerda da pintura, e sendo que uma das crianças que está na direita logo atrás do padre está olhando para o homem que o está acompanhando com um olhar de curiosidade, há também o padre realizando a cerimônia e dentro da cova que foi feita ira colocar algum pertence da pessoa provavelmente. No canto a direita logo a frente vemos um cachorro, que significa fidelidade, pois até na hora da morte ele está presente, pois a pessoa que morreu provavelmente seria seu dono. No fundo da imagem podemos ver a paisagem de um planalto, com a presença de algumas árvores, e seguindo para a esquerda vemos um homem crucificado, provavelmente a imagem de Jesus Cristo, e na parte mais alta do planalto na esquerda, vemos pequenas casas, na beirada da montanha.
  •    SÍNTESE
    A imagem nos passa um sentimento de tristeza, e uma característica fúnebre, pois se trata de um momento não muito comum de ser mostrado em uma pintura que no caso é um enterro, mas também parece uma situação que não é composta por familiares e amigos, e sim por pessoas desconhecidas que somente estão ali por uma questão de solenidade, por um momento, para “compartilhar” a tristeza entre eles.

O RETORNO DOS CAMPONESES DE FLAGEY

O retorno dos Camponeses de Flagey, 1848


           ·         DESCRIÇÃO
Temos na imagem um contraste entre o claro e o escuro, sendo o mais predominante o claro, as cores fortes. A imagem mostra uma paisagem campestre, com animais típicos da paisagem, como os porcos, cavalos e o gado, com árvores e plantas rasteiras, além do chão de terra batida. Podemos ver pessoas, aparentemente camponeses, com a aparência cansada, há a presença de dois homens montados cada um em um cavalo, e a esquerda desses homens há outro auxiliando o cuidado com gado, há também a presença de duas mulheres, uma carregando um cesto na cabeça e a outra a esquerda aparece séria e não carrega nada, logo atrás da mulher a esquerda há um homem, provavelmente está carregando os pertences da mulher da esquerda. E mais ao fundo da imagem no canto direito, podemos ver um casal, provavelmente de mãos dadas e sem pertence algum, ou estão sozinho eu estão distante das pessoas que poderiam estar na companhia. E ainda na direita em primeiro plano, podemos ver um homem que provavelmente está fumando cachimbo e segurando uma corda que está ligada a um porco que provavelmente está se alimentando da pastagem.

  •       SÍNTESE
           A imagem nos transmite certas angustia, pois a pintura inteira colabora para isso, como a cores, a claridade, apesar das pessoas não apresentarem expressão alguma em seus rostos, podemos ver um quadro desolador de pessoas que estão voltando para sua antiga terra natal, por que perderam maior parte de seus bens, voltando com apenas o necessário, provavelmente pensado como será sua vida daquele momento em diante, deixando assim um ar  pensativo, pois a situação é muito aproximada do real.

BIOGRAFIA


Autorretrato com Cachorro Preto, 1842
 


                Jean Désiré Gustave Courbet nasceu no ano de 1819 em Ornans, França. Nasceu de uma família de fazendeiros, perto da fronteira com a Suíça. No início sua família lhe deu apoio financeiro.
Aprendeu muito pelas imitações de pintores naturalistas do séc. XVII como Caravaggio e Velásquez. Suas primeiras pinturas são auto-retratos, ainda na tradição romântica.
Suas grandes telas, que expôs no Salão de 1850 são o Enterro em Ornans, Os Camponeses em Flagey e Os Quebradores de Pedras. Neste período firmou-se na escola realista.
Terminou seus dias na miséria, em 1877, numa velha estalagem que comprara em La Tour-de-Peilz, na Suíça.